Gutinha apresenta Moção de Pesar pela morte do Papa Francisco

por Comunicação publicado 23/04/2025 17h30, última modificação 23/04/2025 17h46

A morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, ocorrida no dia 21 de abril de 2025, foi lembrada na Câmara Municipal, pelo vereador Gutinha, que apresentou uma Moção de Pesar a comunidade católica. 

“A morte do Papa Francisco, pela postura que exerceu ao longo dos anos, em especial durante o período em que esteve à frente da liderança da Igreja Católica, representa uma perda muito grande para a paz mundial e outras lutas como a defesa intransigente dos direitos humanos e do meio ambiente”, observou o parlamentar.

Gutinha acrescenta que, a grandeza da simplicidade do Papa Francisco, ainda mais em uma época de consumismo, vaidades e ostentações, é fonte de inspiração para a humanidade. 

Cita que, desde que foi eleito Papa, em março de 2013, Jorge Mario Bergoglio, um jesuíta argentino impressionou o mundo não apenas pelas suas palavras, mas principalmente por seus gestos. “Viveu do exemplo”, destacou. 

Gutinha coloca ainda que Francisco, contrariando a pompa habitual do cargo, escolheu trilhar um caminho de humildade - hábitos que já cultivava bem antes de chegar ao trono ao Vaticano.

“Ainda em Buenos Aires, quando era arcebispo da capital argentina, Bergoglio costumava dispensar motoristas e carros oficiais. Preferia andar de metrô ou ônibus, muitas vezes sozinho. Morava em um modesto apartamento e fazia sua própria comida. Esses pequenos gestos, aparentemente banais, revelavam uma postura pastoral profundamente voltada ao povo e às realidades mais simples da vida”. 

No Vaticano, não foi diferente. Ao invés de se instalar nos luxuosos aposentos papais do Palácio Apostólico, escolheu viver na Casa Santa Marta, uma residência modesta dentro do Vaticano onde também ficam hospedados padres, bispos e funcionários. Lá, almoçava no refeitório comum, conhecido como “bandejão”, ao lado de pessoas simples e membros do clero. Um gesto que, mais do que simbólico, transmite a mensagem de proximidade e comunhão com os outros. 

Outro traço marcante de Francisco é a sua forma de vestir-se. Desde o início de seu pontificado, dispensou mantos bordados e cruzes de ouro. Usava uma cruz de ferro, a mesma que o acompanhava como cardeal, e opta por calçados comuns, inclusive os antigos sapatos pretos que já usava em Buenos Aires. Seu anel papal, tradicionalmente feito de ouro, é de prata banhada, reforçando a coerência entre seu discurso e suas atitudes. 

“Essas escolhas são expressões autênticas de uma espiritualidade que busca imitar a simplicidade de Cristo. Ao abrir mão dos símbolos de poder, Francisco transformou o papado em uma liderança mais humana, mais próxima dos que sofrem, mais fiel ao Evangelho. Este, porém, é apenas um dos muitos legados que deixou”, pontua Gutinha. 

Papa Francisco promoveu muitas mudanças no âmbito da Igreja, mesmo enfrentando residências internas. Propôs, por exemplo, uma maior participação das mulheres nas decisões da Igreja; propôs uma igreja mais acolhedora, sem preconceitos e discriminações, ou seja, uma igreja de braços abertos.

“Que Deus o receba em sua infinita misericórdia”, conclui a Moção de Pesar.